quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Afinal, quem discute a literatura infantil?

O tema literatura infantil é sempre tratado como algo a ser discutido apenas por professor. Mas não devemos nos limitar a esse pensamento pequeno! Discutir literatura infantil é sinônimo de discutir o futuro, pois a leitura influencia pensamentos e vivências das pessoas. O que podemos então dizer da leitura das crianças?

Elas são facilmente influenciadas, então devemos, todos nós, independente da função que exercemos, discutir e nos informar sobre a literatura infantil e o valor e qualidade da obra lida por elas. Não importa se você é professor, pai, mãe, ou simplesmente simpatizante da literatura. Topa?

Para começar, um site português muito interessante, sobre literatura infantil:

http://www.graudez.com.br/litinf/

E você, o que pensa sobre a discussão da literatura infantil?
Deixe sua opinião!

domingo, 18 de outubro de 2009

Para dizer que não falei de fantasia...

Regina Zilberman, escritora e professora brasileira, é bem clara quanto ao papel da criança dentro do universo literário. Diferentemente do que pensam alguns, a criança não é um ser que precisa ser dominado. Ela precisa de fantasia e dentro das histórias infantis é justamente isso o que deve ter: o fantástico sem fronteiras com o mundo real, esta deve ser uma união e não uma divisão.

(Ilustração do livro "A Vaca fotógrafa", pela editora Positivo)

Monteiro Lobato e a Narrativa...

Falando ainda de Monteiro Lobato, devemos retomar o que Marisa Lajolo considera: "A sofisticação Narrativa".
Segundo a autora: "é por narrar o mundo e por narrá-lo por diferentes vozes que Lobato parece ter alcançado a maturidade artística como autor para crianças".
Ou seja, o narrador na obra de Monteiro Lobato é representado pela criança (Narizinho, Pedrinho), pela boneca de pano Emília, pela Tia Nastácia, pela Dona Benta, pelo Visconde de Sabugosa e por diversos outros persongens do Sítio do Picapau Amarelo.
É assim que Lobato ajusta a Literatura Infantil à recepção da criança. Mas, sobretudo, a leitores de todas as faixas etárias.




*Monteiro Lobato Livro a Livro* - Marisa Lajolo e João Luís Ceccantini (orgs.)

Literatura Infantil e Monteiro Lobato...

É importante retomarmos as obras de Monteiro Lobato quando falamos também de Literatura Infantil. Segundo Marisa Lajolo no livro Monteiro Lobato Livro a Livro: "A obra de Lobato pode ser caracterizada como obra aberta. Se levarmos em conta o livro Reinações de Narizinho, por exemplo, notamos que através do livro se vivem e contam histórias sem fim. É no momento em que Tia Nastácia acende o lampião e anuncia : "É Hora!" que todos então se reunem para conhecer os enredos. Podemos perceber assim, que as mesmas personagens que participam da história, contam novas histórias." É o que Lajolo denomina "Histórias dentro da história". Ou seja, "o leitor une-se às personagens e 'ouve' com elas as histórias de Emília, do Visconde" etc. o que constitui um dos diferenciais da obra de Lobato.
*Monteiro Lobato Livro a Livro* - Marisa Lajolo e João Luís Ceccantini (orgs.)

Literatura Infantil... Como surgiu?

"Entre os gêneros literários existentes, um dos mais recentes é a literatura infantil.
Se a literatura infantil européia teve seu início às vésperas do século XVIII, quando, em 1697, Charles Perrault publicou Contos da Mamãe Gansa, a literatura infantil brasileira só veio a surgir muito tempo depois, quase no século XX".
O grande fator de influência foi a implantação da Imprensa Régia, que inicia, oficialmente, em 1808 a atividade editorial no Brasil e possibilita, mais tarde, em 1905, o surgimento da revista infantil O Tico-Tico. "Essa revista é de grande importância para o cenário nacional da época e a construção do imaginário infantil no Brasil."


*Literatura Infantil Brasileira Histórias e Histórias* - Marisa Lajolo e Regina Zilberman.
 
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